sexta-feira, 31 de julho de 2015
Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa, Julho de 2015
Nós, os delegados do 8º Congresso de Apoio Educacional Inclusivo, que teve lugar em Lisboa, de 26 a 29 de Julho de 2015, reafirmamos o nosso compromisso em trabalhar cooperativamente para a promoção de sistemas educacionais equitativos, em todo o mundo. Desta forma, apoiamos a declaração de Incheon “Rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à educação ao longo da vida para todos”, acordada no Fórum Mundial de Educação, em Maio de 2015, declaração esta que estabelece uma agenda política internacional para os próximos 15 anos.
Mais especificamente, comprometemo-nos a enfrentar todas as formas de exclusão e marginalização, disparidades e desigualdades no acesso, participação e resultados da aprendizagem. Desta forma, o nosso objetivo é assegurar que a agenda “Educação para Todos”, das Nações Unidas, seja efetivamente para todos, promovendo o desenvolvimento de uma educação inclusiva.
Acreditamos que os caminhos a percorrer em direção às escolas inclusivas podem ser justificados em diferentes níveis. Primeiro, existe uma justificação educacional: a ambição das escolas inclusivas de educar todas as crianças conjuntamente significa que estas escolas devem desenvolver formas de ensino que respondam às diferenças individuais e, assim, beneficiem todas as crianças, rejeitando a classificação dos alunos em “normais” e “especiais”. Em segundo, há uma justificação social: as escolas inclusivas são capazes de mudar atitudes face à diferença, ao educarem todas as crianças conjuntamente e, desta forma, constroem a base para uma sociedade acolhedora, participativa, justa e não-discriminatória. Em terceiro lugar, há uma justificação económica: é, evidentemente, menos dispendioso estabelecer e manter escolas que eduquem conjuntamente todas as crianças, em lugar de estabelecer um sistema complexo de diferentes tipos de escolas especializadas em diferentes grupos de crianças.
Todos estes aspetos implicam mudanças significativas nas atitudes e práticas a todos os níveis dos sistemas educativos. Consequentemente, o sucesso destas reformas dependerá de uma vontade coletiva para as fazer acontecer. Nós, delegados reunidos em Lisboa, apelamos a todos os responsáveis de políticas educacionais, que tomem medidas concretas, de forma a encorajar a participação e o sucesso na educação, a providenciar apoio inclusivo à aprendizagem, a respeitar e valorizar as diferenças e promover comunidades abertas, onde a aprendizagem com sucesso seja possível para todas as nossas crianças e jovens.
In ISEC2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Congresso Internacional ISEC 2015
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Almada inaugura banco solidário de material ortopédico
A partir de agora, as crianças com problemas neurológicos apoiadas pelo Hospital Garcia de Horta, Almada, têm acesso a um banco solidário onde podem levar de empréstimo material ortopético e outros equipamentos, como utensílios e brinquedos adaptados.
Ler mais aqui.
terça-feira, 14 de julho de 2015
2.ª edição já disponível!
A segunda edição da obra "Autismo e Atraso de Desenvolvimento - Um estudo de caso", revista e aumentada, já está disponível e pode ser adquirida na instituição que a editou - a Fundação A Lord - ou junto do autor Miguel Correia (amiguelcorreia@gmail.com).
O livro é, em grande medida, o resultado de um trabalho académico realizado no âmbito da pós-graduação em Educação Especial, da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, onde o caso de estudo é o filho mais novo do autor, diagnosticado com perturbação do espectro de autismo.
Além do prefácio de Preciosa Fernandes (Professora Associada da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto) que já estava presente na 1.ª edição, a nova edição conta com um posfácio de David Rodrigues, professor universitário, presidente da Pró-inclusão - ANDEE, investigador e autor de múltiplas obras ligadas à educação, designadamente à educação especial.
“O livro de Miguel Correia, focado no autismo/Perturbações do Espetro do Autismo (PEA), fornece um conjunto de instrumentos teóricos que contribuem para uma maior compreensão e aprofundamento conceitual sobre aquela problemática. (...) Este é, claramente, um aspeto que valoriza esta obra. (…) Um outro aspeto a considerar decorre do facto de a investigação realizada se reportar a um estudo de caso. Os dados apresentados pelo autor permitem compreender, por um lado, que as respostas ao sujeito em estudo, a nível da terapia da fala, terapia ocupacional e psicoterapia são proporcionadas “fora da escola” pública, o que significa que esta não tem condições para a todos oferecer as mesmas oportunidades. Por outro, que a intervenção precoce, nesta e em todas as situações em que exista uma perturbação global do desenvolvimento, precisa de ser feita a tempo e a horas. Consciencializar o sistema político, as famílias, educadores/professores e a sociedade civil, em geral, para esta importância é, do meu ponto de vista, o maior contributo do estudo que nesta obra se dá conta.”
(In Prefácio)
Preciosa Fernandes. Docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
-
“A procura destas possibilidades de participação e inclusão é uma tarefa em que exige
na linha da frente uma grande cumplicidade entre a família e a escola. Sabemos que
nem sempre esta relação é fácil: o amor é muitas vezes entendido como adversário da
educação, as oportunidades de brincar conflituam com as obrigações “dos programas”.
É sempre importante sublinhar que nem a família nem a escola são por si sós capazes
de levar a tarefa da educação de uma criança com autismo a bom porto. E aqui, tanto
a escola como a família, devem saber que o conhecimento - por muito que seja - se não
for partilhado torna-se num obstáculo, converte-se numa arma de arremesso entre
pessoas que acham que estão certas mas na verdade estão sós. Por isso, precisamos
tanto desta aliança entre a escola e a família, uma aliança entre pessoas que sabem
coisas diferentes que certamente têm formas singulares de atuar, mas que são capazes
de chegar a um acordo de respeito mútuo a favor dos interesses da criança.”
(In Posfácio)
David Rodrigues. Professor Universitário. Presidente da Pró-Inclusão – ANDEE.
sábado, 11 de julho de 2015
Transição para a vida pós-escolar: nova Portaria
Saiu ontem, a nova Portaria n.º 201-C/2015 que revoga a Portaria n.º 275-A/2012, de 11 de setembro que regula o ensino dos alunos NEE com Currículo Específico Individual (CEI) e Plano Individual de Transição (PIT), com 15 ou mais anos de idade, em processo de transição para a vida pós-escolar, ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos 14.º e 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008 de 7 de janeiro.
No ponto 3 do artigo 3.º pode ler-se que o CEI engloba os seguintes conteúdos:
a) Componentes do currículo;
b) Objetivos para cada componente do currículo;
c) Plano de ensino, tanto nos momentos em que integram a turma como nos integram pequenos grupos;
d) Contexto natural de vida;
e) Suportes a mobilizar;
f) Plano de avaliação de aprendizagem.
As componentes do currículo são divididos em 2 partes: Formação académica e Atividades de Promoção de Capacitação.
A Formação Académica deve integrar conteúdos de Português, Matemática, Língua Estrangeira, Educação Física e Oferta de Escola.
As Atividades de Promoção de Capacitação devem integrar:
- Vida em casa;
- Vida na comunidade;
- Participação das atividades escolares;
- Emprego (atividades desenvolvidas em contextos laborais);
- Saúde e segurança;
- Atividades sociais; e
- Atividades de defesa de direitos.
No artigo 4.º são definidos os princípios orientadores do PIT: universalidade e da autodeterminação do direito à educação e, em termos pedagógicos, pelos princípios da inclusão, da individualização, da funcionalidade, da transitoriedade e da flexibilidade.
a) Componentes do currículo;
b) Objetivos para cada componente do currículo;
c) Plano de ensino, tanto nos momentos em que integram a turma como nos integram pequenos grupos;
d) Contexto natural de vida;
e) Suportes a mobilizar;
f) Plano de avaliação de aprendizagem.
As componentes do currículo são divididos em 2 partes: Formação académica e Atividades de Promoção de Capacitação.
A Formação Académica deve integrar conteúdos de Português, Matemática, Língua Estrangeira, Educação Física e Oferta de Escola.
As Atividades de Promoção de Capacitação devem integrar:
- Vida em casa;
- Vida na comunidade;
- Participação das atividades escolares;
- Emprego (atividades desenvolvidas em contextos laborais);
- Saúde e segurança;
- Atividades sociais; e
- Atividades de defesa de direitos.
No artigo 4.º são definidos os princípios orientadores do PIT: universalidade e da autodeterminação do direito à educação e, em termos pedagógicos, pelos princípios da inclusão, da individualização, da funcionalidade, da transitoriedade e da flexibilidade.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Programa de Emprego e Apoio à Qualificação das Pessoas com Deficiência e Incapacidade
MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL
Decreto-Lei n.º 108/2015
de 17 de junho
de 17 de junho
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Cante Alentejano traduzido em LGP
Parte do concerto de encerramento do XII Encontro de Culturas, em Serpa, que juntou no mesmo palco os grupos corais e etnográficos de Vila Nova de São Bento, da Casa do Povo de Serpa, Os Camponeses de Pias e as filarmónicas de Serpa e de Silves, foi traduzido em simultâneo para Língua Gestual Portuguesa por Rita Belicha. O convite surgiu no seguimento da apresentação do seu projeto de final de curso, que incluía a tradução de uma moda do Rancho Coral e Etnográfico de Vila Nova de São Bento. O objetivo era “dar a conhecer à comunidade surda um forte aspeto cultural do Alentejo e agora de Portugal inteiro”.
Subscrever:
Mensagens (Atom)